O humorista Fábio Porchat está em clima de estrada com sua miniturnê pelo Nordeste, passando por Recife (PE), João Pessoa (PB) e Fortaleza (CE). Ele chega à capital paraibana no dia 2 de maio, às 21h, no Teatro Pedra do Reino, com o espetáculo de stand-up “Histórias do Porchat” — uma coletânea de causos hilários vividos em suas viagens pelo mundo.

No ar há quatro anos, o espetáculo já passou por 33 cidades brasileiras, 6 países e soma quase 400 sessões realizadas, com um público de mais de 350 mil pessoas. E a missão é simples: fazer todo mundo rir.

Em entrevista exclusiva ao Papo Pop, Porchat falou sobre a transição da TV para os palcos, bastidores do espetáculo e o desafio de fazer humor com autenticidade. Confira os destaques:
-Fábio, a peça “Histórias do Porchat?” tem conquistado plateias por todo o Brasil. Como tem sido essa transição do programa de TV para os palcos?
(Fábio Porchat):É muito bacana poder ver como o programa tá chegando nas pessoas e as histórias funcionam assim eu muito legal ver que as pessoas estavam precisando de um programa leve assim né para dar risada e poder se distrair e dormir e no programa de vez em quando eu conto uma história ou outra mas quem conta história B são as pessoas, os convidados né e aí eu pensei por que não fazer um show de stand-up contando as minhas histórias né o stand-up já tem esse caminho então por que não contar as minhas histórias de viagem eu amo viajar e as minhas histórias de viagem são sempre muito malucas então resolvi levar para o palco as minhas.
-Você já ouviu muitas histórias absurdas e hilárias no programa. Como você escolhe quais histórias levar para o palco?
(Fábio Porchat): Olha, realmente eu ouço todas as histórias que vão ao ar e muitas que não vão. Porque a maioria, na verdade, não se encaixa. Ou porque elas são muito curtas, ou porque elas só têm graça para quem viveu a situação, ou porque elas não aconteceu muita coisa na história. Às vezes a pessoa acha que a história é boa, mas é boa para ela, mas não é boa para o público. E ainda tem uma outra coisa que é, a pessoa tem que saber contar aquela história. Então, eu tento sempre escolher histórias que me surpreendam, que têm um começo meio fim, que gerem uma sensação de, caramba, não acredito que isso aconteceu.
-O que mais te desafia hoje: atuar, escrever, apresentar ou subir ao palco sozinho com um espetáculo como esse?
(Fábio Porchat): O que me desafia é poder fazer alguma coisa que eu mesmo considere engraçado, que eu considere interessante e que me pareça interessante pro público, né? Eu não quero fazer mais do mesmo. Quero poder fazer alguma coisa diferente, não quero me repetir. Então, subir no palco, real, sozinho, realmente é uma coisa que me desafia e que me faz muito bem. É muito gostoso eu ver o público dando risadas, assim, das minhas histórias, eu ali em cima, sem cenário, sem figurino, só com as minhas piadas.
-A interação com o público é um ponto forte do espetáculo. Já aconteceu algo inusitado em alguma dessas participações ao vivo?
(Fábio Porchat): Eu só interajo com o público, na verdade, no final do espetáculo, quando já terminou, e que eu converso com eles, pergunto sobre quem tem uma viagem legal, quem viajou pra um lugar gostoso, porque daí eu gosto de ouvir um pouco das viagens e das histórias das pessoas. Então, não é uma peça interativa, as pessoas podem ficar tranquilas, que ninguém vai ser transformada em alvo ali no começo do show, no meio do show, então a interação é sempre um bate-papo ao que eu acabo fazendo improvisos em cima do que o público fala.
-O que mais te surpreende nas histórias que as pessoas têm coragem de contar publicamente?
(Fábio Porchat): Olha, me surpreende ver como as pessoas caem roubadas, me surpreende ver como as pessoas topam fazer coisas das mais maluquinhas possíveis, mas eu também sou assim. Então eu me identifico muito assim, no fim das contas o público, todo mundo tem uma história boa pra contar, né? E essas histórias, se não foram contadas, serviram pra quê? Não é mesmo? A gente precisa contar até pra superar essas histórias.
-João Pessoa está no roteiro da turnê. O que o público paraibano pode esperar de especial na apresentação por aqui?
(Fábio Porchat): O público de João Pessoa pode esperar muita risada, pode ir levar a família toda, é uma peça pra rir todo mundo junto, não tem polêmica, não tem política, não tem nada disso, tem é viagem e história de coisa que deu errado.
Números que impressionam:
- Quase 400 sessões realizadas
- Mais de 350 mil espectadores
- Passagens por 6 países (Angola, Espanha, França, Irlanda, Portugal e Suíça)
Classificação indicativa: 14 anos
Ficha Técnica:
Texto, direção e atuação: Fábio Porchat
Cenografia: José Dias
Iluminação: Aurélio de Simoni
Figurino: Roberta Tozato
Produção: Sergio Sayd
Sobre Fábio Porchat:
Ator, apresentador, roteirista e um dos nomes mais queridos da comédia nacional, Porchat construiu uma carreira sólida no teatro, TV, cinema e internet. Com seu estilo leve e inteligente, ele se tornou referência no humor brasileiro.
“As pessoas estão precisando rir. Por isso, quis um espetáculo sem polêmica, sem política. É pra extravasar e dar risada junto. É uma maravilha ver que minhas histórias tiram o público do lugar comum”, conta o artista.