Entrevista exclusiva: Izzy chega com a primeira parte de seu novo álbum, o EP “Verano Infinito (Act I)”

Essa é a primeira parte de uma trilogia de lançamentos que Izzy fará em 2025 e que são complementares.
Foto: divulgação.

Izzy está de volta — e mais poderosa do que nunca! Depois do sucesso de “Mojadita”, a artista lança oficialmente “Verano Infinito (Act I)”, o primeiro capítulo de uma trilogia que será revelada ao longo de 2025. O novo EP chega nas plataformas no primeiro minuto da sexta-feira, 30 de maio, pelo horário de Brasília (23h em Miami).

Dessa vez, Izzy entrega seis faixas que exploram o calor, o amor e a intensidade de um verão eterno — com letras sensuais, batidas urbanas e aquela mistura inconfundível que só ela sabe fazer. A artista assina toda a direção artística e sonora do projeto, reforçando seu olhar criativo e autoral.

A era do “Verano Infinito” começou

Depois de abrir caminhos com o elogiado EP FORASTERA, Izzy mergulha ainda mais fundo nas suas influências brasileiras, latinas e globais.

Em “Verano Infinito (Act I)” ela mostra maturidade artística, sem perder a ousadia. A faixa escolhida para liderar o projeto é “4D” — um reggaeton envolvente, direto da praia do Guarujá para o mundo.

“A gente quis passar a sensação nostálgica de um verão que você sabe, ali naquele momento, que está sendo feliz”, conta Izzy.

Além de “4D” e “Mojadita”, o EP ainda traz as inéditas “Supérame”, “Feliz Feliz”, “Suave” e “Adicción”.

Parcerias de peso e batidas globais

Produzido em colaboração com o hitmaker WÖRRIES — conhecido por seus trabalhos com a gravadora Rimas e com o próprio Bad Bunny — o EP mergulha nas raízes urbanas e no pop latino contemporâneo. A parceria rendeu também o sucesso de “Mojadita”, faixa que mistura emoção e pista de dança em igual medida.

“Queremos mostrar que ainda dá pra sentir com a música, ainda dá pra chorar com uma canção”, dizem Izzy e WÖRRIES.

Izzy também já trabalhou com nomes como YX, The Best Soundz, Hitmaker, 8onthebeat e o coletivo CANETARIA, mostrando que está cada vez mais cercada de talentos que elevam sua música a novos patamares.

 

Uma estética pra viver, ver e sentir

Visual é parte essencial da era “Verano Infinito”. Todos os visuais, fotos e capas foram criados por Ernna Cost, parceiro artístico de longa data de Izzy e que já assinou projetos de Pabllo Vittar, Luísa Sonza e outros grandes nomes.

O clipe de “4D” capta exatamente a essência do projeto: saudade de dias perfeitos, de verões que marcam a alma. Um registro solar, natural e emocionante.

“4D é nossa aposta global. É o melhor som que ela já fez na vida. Representa exatamente o sentimento que queremos passar com esse projeto”, afirma a equipe da artista.

Izzy La Reina está só começando. Se “Verano Infinito (Act I)” já chega quente, pode se preparar: ainda tem muito mais vindo por aí. E como ela mesma diria… esto es solo el comienzo.

Confira uma entrevista exclusiva ao Papo Pop:

 

1. “Mojadita” marca o início de uma nova fase na sua carreira. Como foi o processo criativo dessa faixa e o que ela representa para você artisticamente?

“Mojadita” , o processo criativo foi muito natural, muito fácil, muito tranquilo, o Woris, que é o meu produtor, ele estava, ele estudava muito, ele estuda muito a musicalidade, o que toca no Brasil, o que acontece aqui, né, não só aqui, mas também globalmente pelo TikTok e ele estava escutando muito aquilo que estava no momento e ele veio, criou essa produção, já chegou na sessão com essa produção e eu, assim, fiquei encantada e literalmente no momento que eu comecei, que eu botei a boca no microfone para começar as melodias, já veio a melodia inicial, já surgiu e aí em 30 minutos a gente escreveu o refrão da música e aí eu gravei no dia seguinte, foi assim muito tranquilo, muito natural e esse é um projeto onde eu me permiti ser muito natural, eu me permiti com que tudo aquilo que viesse para mim imediatamente eu permitisse fluir e eu já colocava no papel e já fazia acontecer, então foi, se eu pudesse descrever. E escrever com uma palavra seria a palavra natural.

2. A colaboração com o Worries traz uma fusão do pop urbano com o baile funk. Como surgiu essa parceria e como você descreveria essa mistura de ritmos?

Eu acho que essa colaboração com o Worries foi muito natural também, ele é um menino muito talentoso, que traz assim, em si uma essência muito forte da música latina, de boa musicalidade, eu acho que de pop, de urbano, de reggaeton, e até assim, uma vibe dark também. Então assim, quando eu escutei as produções do Worries, pela primeira vez eu já fiquei encantada, e eu percebi como que aquilo ali poderia se transformar também na minha identidade musical, sabe, juntamente com as minhas ideias também, obviamente, com a minha cultura, e essa mistura de ritmos surgiu, fluiu, né, porque é o que eu sou, eu misturo três universos, três culturas, três idiomas, então automaticamente três ritmos também, vários, na real vários ritmos, então surgiu dessa forma, bem orgânico.

3. Seu primeiro EP, Forastera, apresentou uma Izzy em busca de identidade e experimentação. Quais as principais mudanças desde esse lançamento até o momento atual?

Acho que as principais mudanças de Forasteira até aqui, é que nesse momento eu me encontrei. Eu acho que mais do que nunca eu encontrei o meu som e a minha identidade musical, né? Antes eu ainda estava buscando muito, tentando entender porque quando você vem de muitas culturas, quando você vem de muitos universos, às vezes é difícil você conseguir aterrissar em um e usar aquilo, sabe? Ficar confortável com aquilo, então por isso que tomou um tempinho para mim, para eu poder encontrar esse meu som e eu costumo dizer que o projeto Forasteira, ele foi completamente necessário para a minha evolução e para o meu encontro com a minha identidade musical que existe hoje, né? Que é aí esse pop latino com muita referência, muita influência no reggaeton, muita influência da cultura brasileira também e do pop, né? Do pop no geral.

4. Sabemos que você está trabalhando em um novo EP. O que o público pode esperar desse projeto? Quais temas, sonoridades e emoções você pretende explorar?

Bem, é, na real, né, é um novo álbum, um projeto completo que eu dividi, basicamente, em três APs, né, se a gente for descrever assim. O público pode esperar uma sonoridade extremamente autêntica e madura, com muita segurança. E os temas, assim, são temas de muita liberdade, são temas de muito alta confiança, sabe? E também podem esperar muito pop, aquela coisa bem diva. Isso vai vir mais na parte dois desse projeto, né, não vai vir nessa parte inicial, mas já tem uma música ali que já é um pop super poderoso, super sexy. E aí, na parte dois, quando a gente já vier pra parte dois desse álbum, aí o pessoal pode esperar um pop, assim, urgh, bem divônico. Mas tem muita emoção, vai ter muita emoção, muito feeling, muita dança, muito pop, rasgado, muita autenticidade.

5. Sua música é marcada por influências latinas, globais e, ao mesmo tempo, traz suas raízes brasileiras. Como essas diferentes culturas dialogam na sua arte?

Olha, as culturas diferentes dialogam na minha arte de uma forma muito orgânica, eu não forço nada. Quando eu converso no dia a dia com a minha família, com os meus amigos, com as pessoas que convivem comigo, eu misturo todas as línguas, eu misturo todas as personalidades, existem várias personalidades dentro de mim. Então, assim, sai tudo natural, de uma forma querzinha, zero forçada, e é da mesma forma com a minha música. Se eu tô criando uma música, na minha cabeça vai vim frases em inglês, frases em português, frases em espanhol, vai vim ritmos que são mais globais, também vão vim melodias, às vezes, que são mais do mundo latino, do reggaeton, mais um beat que é um pouco mais global, e assim, e aí a gente vai montando esse quebra-cabeça. É um pouco até difícil descrever esse processo pra você, porque ele vem de uma forma tão autêntica pra mim, que eu só simplesmente deixo ele fluir e vou lá e faço acontecer.

6. Morando há tanto tempo em Miami, como tem sido para você equilibrar essa vivência internacional com a sua brasilidade na hora de criar?

Então, eu diria que essa questão de eu morar em Miami, de eu morar nos Estados Unidos há muito tempo, né, é algo que já é muito, é muito grande dentro de mim, é muito influente, obviamente, essa coisa do internacional, essa coisa do inglês, isso já é, é a língua que eu mais falo, o inglês é a língua que eu mais falo, mas eu me mantenho muito atualizada com tudo que tá rolando no Brasil. Eu sou muito presente no TikTok e também muito presente no Instagram e tenho muitas amizades brasileiras, tenho muitos amigos do Brasil que são da indústria, então eu me mantenho atualizada com tudo que tá acontecendo no Brasil, eu acho que isso me ajuda a manter essa brasilidade na minha música, apesar de eu viver muitos anos fora do Brasil e de eu falar muito inglês e muito espanhol também, então acho que essa coisa de eu manter a atualização através da internet me ajuda muito.

7. “Mojadita” fala sobre desejo, liberdade e leveza. Esses elementos são um reflexo do momento pessoal que você está vivendo também?

Sim, eu diria que “Mojadita”  é uma reflexão do meu momento pessoal atual. Eu sou uma pessoa que eu sou muito leve com relação a esse tipo de desejo, sabe? Eu não me sinto mal e eu nem coloco nenhuma pressão. E é isso, sim, pra mim é muito natural ser aquilo ali. Aquela letra é toda minha, então tudo que eu falei ali é uma realidade, é a minha vida pessoal. E eu sou muito confortável com isso, eu não tenho problema nenhum em admitir quem eu sou, como eu sou, com a minha sexualidade e com a minha leveza de espírito. Eu sou super confortável com isso.

8. O que você pode adiantar, com exclusividade para o Papo Pop, sobre os próximos lançamentos e os caminhos que essa nova era vai seguir?

O que eu posso adiantar é que esse álbum num completo, ele tem uma riqueza muito grande de identidade musical, ele também carrega muito pop, ele é um álbum que vem com muitas melodias pop, muitas batidas muito pop. E assim, eu acho que o que eu mais posso dizer é que é autêntico e também tá muito conectado com aquela Izzy que o pessoal conheceu, a primeira Izzy que foi apresentada lá com Diabla e La Oscuridad, que foram pop bangers, né? E eu acho que esse projeto agora tem muita ligação com essa Izzy, mas é ainda mais maduro, é uma Izzy ainda mais madura, é uma sonoridade ainda mais madura, mais refinada e mais autêntica, com uma identidade mais forte. Então eu acho que isso vai dar muito certo e eu tenho certeza que o público vai gostar. E se não gostar também tá tudo bem, né? Mas eu tô muito feliz com esse projeto.