Com uma trajetória marcada por inovação, propósito e emoção, Luiz Justo, CEO da Rock World — empresa responsável pelo Rock in Rio e The Town — tem se consolidado como uma das principais lideranças do entretenimento ao vivo no Brasil. À frente de dois dos maiores festivais de música e cultura do planeta, Justo conversou com exclusividade com o Portal Papo Pop Cast sobre os preparativos para o The Town 2025, que promete transformar novamente o Autódromo de Interlagos, em São Paulo, na maior celebração da arte em todas as suas formas.

Entre os assuntos da entrevista estão os novos espaços do festival, os bastidores da contratação de Mariah Carey, os impactos econômicos e sociais do evento e as experiências imersivas que estão sendo preparadas para emocionar o público. Com a autoridade de quem vive o festival de dentro para fora, Justo compartilha não apenas novidades, mas também an alma por trás do projeto.
Mais do que música: experiências que emocionam
“Partimos do princípio de que um festival precisa ir além da música”, afirma Luiz Justo. Essa premissa se materializa em duas grandes estreias da edição 2025: o Palco Quebrada e o The Tower Experience.
O Palco Quebrada, com o cantor Belo como embaixador, celebra a força das periferias brasileiras, reunindo artistas como Criolo, Kayblack e MC Hariel.
“É um espaço que valoriza a diversidade e a arte que pulsa nas quebradas do Brasil. Ele representa uma São Paulo que sonha alto e tem orgulho de suas raízes”, destaca o CEO.
Já o The Tower Experience é uma experiência sensorial inédita. Com 120 artistas em cena, incluindo orquestra, coral, balé e DJs renomados como Cat Dealers, Dubdogz, Liu e ANNA, o espetáculo promete ser um dos maiores já vistos no Brasil.
“É nossa maneira de surpreender o público mais uma vez, com inovação, emoção e cuidado em cada detalhe”, completa.
O retorno de Mariah Carey: emoção, conexão e história

A confirmação de Mariah Carey como headliner do dia 13 de setembro no Palco Skyline gerou comoção imediata nas redes sociais. Segundo Justo, o convite para o The Town veio naturalmente após a conexão mágica entre a artista e o público brasileiro no Rock in Rio 2024.
“Ela entregou um show histórico, com a bandeira do Brasil no vestido, falando português. Sentimos ali que havia algo especial acontecendo”, relembra. Em 2025, Mariah retorna com um espetáculo pensado para dialogar com diferentes gerações e emocionar como nunca.
Novas estruturas, novas emoções

A estrutura do The Town 2025 foi totalmente repensada. Palcos como The One, Factory e São Paulo Square ganham novas localizações para ampliar o conforto e oferecer novas perspectivas. O Skylinepermanece no mesmo lugar, agora com o dobro de painéis de LED (300m²). A Market Square, por sua vez, será um espaço coberto e climatizado dedicado à gastronomia.
Além disso, novas atrações como o espetáculo aéreo da Esquadrilha Céu, que acontecerá diariamente, prometem surpreender com manobras acrobáticas de tirar o fôlego.
Fantasia, inclusão e propósito
No coração do festival, a torre de 25 metros abriga o personagem Drahan, um dragão ancestral que simboliza superação e esperança.

“Ele é o símbolo de uma narrativa inédita que mistura luzes, música, dança e emoção”, revela Justo.
A experiência é imersiva e inclusiva.
“Temos uma equipe especializada em acessibilidade e estamos avançando cada vez mais em sustentabilidade e impacto social, com projetos como o Favela 3D, que já transformou a vida de 290 famílias na zona sudeste de São Paulo”, afirma.
Curadoria: entre o desejo do público e o olhar artístico
A construção do line-up é, segundo Justo, uma grande história dividida em capítulos.
“É uma mistura de pesquisa, escuta ativa e intuição. Equilibramos o que o público quer com o que acreditamos que pode emocionar. O segredo está no encontro entre gerações e gêneros”.
O público jovem, grande força do festival, também é levado muito a sério.
“Não existe fórmula mágica. Existe escuta. E quanto mais escutamos, mais entregamos algo que realmente toca as pessoas”, diz.
Legado e responsabilidade

Luiz Justo reforça que o The Town é mais do que um evento: é um movimento.
“Acreditamos no poder da música para transformar. O festival aquece o turismo, a economia, o comércio local — mas também deixa um legado emocional e social. E esse impacto é o que nos move.”
Entre sonhos e realidades
Ao ser questionado sobre o maior momento do The Town até hoje, Justo não hesita:
“A abertura dos portões da primeira edição. Ver as pessoas entrando, sorrindo, emocionadas… ali eu entendi que o sonho tinha se tornado real.”
E os sonhos continuam:
“Todo ano a gente tenta trazer alguém que ainda não veio. Seguimos sonhando e trabalhando para surpreender — sempre com o público como protagonista.”
O The Town 2025 acontece nos dias 6, 7, 12, 13 e 14 de setembro, em São Paulo.

Quem ainda não garantiu ingresso, o recado de Luiz Justo é simples e direto:
“Não é só um festival. É uma imersão em música, arte e emoção. É algo que você precisa viver ao vivo.”
Confira a entrevista na íntegra:
O The Town 2025 já está entre os assuntos mais comentados do ano. Quais são as principais novidades que o público pode esperar dessa nova edição?
Partimos do princípio de que um festival precisa ir além da música, ele precisa emocionar, contar uma história e criar experiências inesquecíveis. Em 2025, o The Town chega com duas grandes estreias: o palco Quebrada e o The Tower Experience. O Quebrada é uma celebração da cultura das periferias brasileiras, um espaço onde talentos, como Criolo, Kayblack, MC Hariel e tantos outros, vão mostrar toda a força e autenticidade de onde vêm. É um palco que conta com o Belo como embaixador, e que não só representa, mas valoriza a diversidade e a arte que pulsa nas quebradas do Brasil.
Já o The Tower Experience é algo completamente inédito. Construímos uma narrativa que mistura fantasia e realidade em um espetáculo grandioso. São 120 artistas em cena, com orquestra, balé, coral e uma cenografia de tirar o fôlego. Grandes nomes da música eletrônica assumem o som da torre e transformam o espaço numa experiência inesquecível. É a nossa maneira de surpreender o público, mais uma vez, com inovação, emoção e muito cuidado em cada detalhe.
A confirmação de Mariah Carey no line-up causou um verdadeiro furor nas redes sociais. Como foi o processo de trazê-la novamente ao Brasil? E por que apostar nela como um dos grandes nomes dessa edição?
A Mariah é um fenômeno, e o mais incrível é ver como ela se conectou com o público brasileiro de uma forma genuína. No Rock in Rio 2024, ela encerrou o Palco Sunset com um show icônico, cantando com a bandeira do Brasil estampada no vestido, falando português. Sentimos ali que tinha algo especial acontecendo.
Então veio o Amazônia Para Sempre, um projeto que une Rock in Rio e The Town com um propósito muito maior. Vai ser um momento histórico, ela vai cantar num palco em formato de vitória-régia, no meio do Rio Guamá em plena Amazônia. Trazer ela para o The Town 2025 foi quase natural. Sabíamos que o público queria, e ela também queria estar aqui. O show vai fechar o palco Skyline no dia 13 de setembro, e posso dizer que vai ser inesquecível. A Mariah representa tudo o que o festival quer entregar: potência musical, conexão com o público e uma mensagem que vai além do entretenimento.
Em 2024, Mariah já havia encantado o público brasileiro. Na sua visão, ela superou as expectativas do festival naquela ocasião? O que o público pode esperar de diferente agora em 2025?
A Mariah entregou um momento histórico no Rock in Rio 2024, que parou a Cidade do Rock e marcou a história do festival. Agora, em 2025, Mariah vai subir ao Palco Skyline, no The Town, dia 13 de setembro. Estamos falando de uma artista que entende seu público, tem um repertório atemporal, que sabe criar experiências. Teremos um show que vai promover uma conexão forte entre gerações, um espetáculo pensado com muito carinho. Estamos muito animados para ver o que ela vai preparar dessa vez.
Em relação à estrutura do evento este ano — o que será diferente? Teremos novos palcos, experiências ou mudanças no espaço do Autódromo de Interlagos?
Olhamos para cada edição como uma nova oportunidade de evoluir, de surpreender o público. E esse ano, o mapa do festival passa por uma série de mudanças. Alguns dos palcos que o público já conhece — como o The One, o Factory e o São Paulo Square — ganham novas localizações, buscando não só mais conforto, mas também novos pontos de vista. O The One, por exemplo, vai estar em uma área com um anfiteatro natural, o que garante uma visão privilegiada dos shows. Já o Skyline segue no mesmo lugar, mas agora com o dobro de LED — são 300m². A Market Square também muda de lugar e será um local de descobertas gastronômicas em um espaço coberto e climatizado.
Além disso, temos novos espaços. Um deles é o palco Quebrada, que nasce com uma missão linda: celebrar a força das periferias, com muita música, arte e representatividade. Vai ser um território vibrante, com grandes nomes. Também teremos novidades como o espetáculo aéreo da Esquadrilha Céu, que vai emocionar o público com manobras acrobáticas incríveis, todos os dias de festival.
Também teremos o The Tower Experience. Esta será uma experiência em que fantasia e realidade se misturam, transportando o público para uma fábula contemporânea por meio de um espetáculo que conta com uma cenografia de tirar o fôlego. Estamos trazendo este espaço como uma das experiências mais impactantes já vistas em um festival no mundo: serão 120 artistas em cena, incluindo a Orquestra Sinfônica Heliópolis, um corpo de balé com direção coreográfica de Mariana Barros, um coral com vozes potentes, além dos DJs Victor Lou, GBR, Cat Dealers, Dubdogz, Liu e ANNA, que assumem a música do local ao fim de cada noite do festival, logo após o encerramento do Palco Skyline.
O The Town é conhecido por ir além da música, apostando em experiências visuais, gastronômicas e culturais. Qual será o grande diferencial da edição de 2025 nesse sentido?
O The Town sempre teve como proposta entregar algo que vá muito além da música. Queremos tocar as pessoas em vários níveis — pela arte, pela cultura, pela gastronomia, pela emoção. E em 2025, levamos essa missão a um novo patamar com o The Tower Experience. Essa é, sem dúvida, uma das experiências mais ambiciosas e inovadoras que já criamos. É um espetáculo inédito, com narrativa, cenografia cinematográfica, dança, orquestra, tecnologia, arte e música eletrônica se encontrando de forma totalmente inédita no festival.
No centro dessa experiência está uma figura mágica: Drahan, um dragão ancestral que representa a força da imaginação, da superação e da esperança. Ele é o símbolo de uma narrativa inédita que mistura fantasia, música, luzes, dança e performance em um espetáculo totalmente imersivo. A torre, com seus 25 metros de altura, ganha vida com esse personagem que se conecta diretamente com o público, reagindo às vibrações e às emoções de quem está ali vivendo o momento que mistura fantasia e realidade de um jeito único.
A expectativa do público está altíssima. Para quem ainda não garantiu ingresso, o que você diria para convencer essa galera de que vale a pena viver o The Town 2025 ao vivo?
Estamos preparando uma edição histórica, com experiências que você só vai entender quando estiver lá, sentindo a energia da Cidade da Música pulsando. Tem palco novo chegando, tem experiências inéditas, tem cenografia incrível, tem show que vai arrepiar, tem música para todos os gostos — e tudo isso pensado nos mínimos detalhes para que cada pessoa viva algo inesquecível. Não é só um festival, é um mergulho num mundo de música, cultura e arte.
O The Town movimenta não só a cena musical, mas também a economia e o turismo de São Paulo. Como vocês lidam com a responsabilidade de impactar tantos setores diferentes com o festival?
Acreditamos profundamente que a música tem o poder de mover o mundo. E quando ela é usada como ponto de partida para algo maior, como acontece no The Town, o impacto vai muito além dos palcos. É lindo ver como o festival transforma não só a experiência de quem está ali curtindo os shows, mas também toda a cidade ao redor.
São empregos gerados, hotéis lotados, comércio aquecido, restaurantes movimentados e uma cadeia inteira que passa a girar em função de um momento coletivo de celebração. Entendemos essa responsabilidade com muito carinho e compromisso — porque mais do que criar um grande evento, queremos deixar um legado. Para São Paulo, para a cultura, para o turismo e, principalmente, para as pessoas.
No fim do dia, tudo começa com a música. E ver como ela pode desencadear transformações tão reais, tão humanas, é o que nos move a fazer cada edição com ainda mais paixão.
A curadoria do line-up é sempre muito comentada. Quais critérios vocês levam em conta na hora de escolher os artistas e construir essa mistura de gêneros que é tão característica do festival?
A curadoria do line-up é quase como montar uma grande história para ser vivida em cinco dias. Partimos de muita escuta, com pesquisas com o público, para entender o que as pessoas querem ver. Tem também aquele espaço para surpresa, para aposta, para artista que a gente acredita que vai brilhar no palco. Mas, no geral, é um equilíbrio entre ouvir o que o público deseja e manter an alma do The Town, que é essa mistura potente de gêneros, de gerações, de vozes.
O público jovem tem uma presença muito forte no The Town. Existe alguma estratégia específica para dialogar com essa nova geração de fãs?
Não existe fórmula mágica, existe escuta. A estratégia para dialogar com a nova geração começa por entender de verdade com quem estamos falando. Não partimos do achismo, pesquisamos, conversamos, observamos. Queremos saber o que essa galera pensa, o que consome, o que valoriza. É assim que construímos um festival que faz sentido para eles — com experiências autênticas, artistas que têm relevância e espaços onde se sintam representados. E isso vale para todos os públicos que queremos alcançar. Quanto mais conhecemos, mais conseguimos criar momentos realmente inesquecíveis para a nossa audiência.
Como o festival tem trabalhado temas como sustentabilidade, acessibilidade e inclusão? Houve avanços nesse sentido para a edição de 2025?
Trabalhar com temas como sustentabilidade, acessibilidade e inclusão está no DNA dos festivais da Rock World, por meio do nosso pilar de Por Um Mundo Melhor. Temos uma equipe especializada em acessibilidade que foca em proporcionar a melhor experiência para PCDs a cada edição. Outro exemplo muito concreto do nosso compromisso na construção de um mundo melhor é o projeto Favela 3D, realizado em parceria com a Gerando Falcões, Gerdau, Fundação Grupo Volkswagen, Vozes das Periferias e a Prefeitura de São Paulo. Começamos na primeira edição do The Town, em 2023, e seguimos com a atuação na Favela do Haiti, na zona sudeste de São Paulo, alcançando 290 famílias que moram no local. Dois anos depois que o projeto começou, alguns dos resultados mais marcantes que já alcançamos são: pleno emprego entre as famílias, 100% de acesso a saneamento básico, 100% das crianças matriculadas em escolas, energia solar iluminando as vielas, infraestrutura habitacional renovada e uma comunidade que hoje está pronta para caminhar com autonomia e dignidade. Também seguimos investidos em ações ambientais. Teremos o Amazônia Para Sempre logo depois do The Town e, em breve, também teremos mais novidades relacionadas ao tema no maior festival de música, cultura e arte de São Paulo.
Além dos palcos principais, o The Town sempre entrega experiências incríveis nos espaços interativos. Algum novo projeto imersivo ou espaço inédito programado para este ano?
A cada edição, nos desafiamos a entregar algo que vá além do esperado. Como falei, o The Tower Experience nasce exatamente desse desejo de criar uma experiência imersiva que une música, arte e emoção em um único espaço. E agora ele virou realidade. É uma história original da Rock World, construída por nós a partir de um sonho do Roberto Medina, com um nível de detalhamento e emoção que realmente impressiona. O Zé Ricardo, que é nosso vice-presidente artístico, traduziu tudo isso em uma trilha sonora inédita, feita exclusivamente para o espetáculo. A criação destaca um dos nossos principais combustíveis: o desejo de criar momentos que emocionam, conectam e ficam para sempre na memória de quem vive a experiência.
Com o Rock in Rio e o The Town sob a mesma chancela, como vocês diferenciam essas duas experiências para que cada uma tenha sua identidade única?
Apesar de serem festivais irmãos e nascerem da mesma essência da Rock World, o Rock in Rio e o The Town são completamente diferentes porque são inspirados por cidades muito diferentes. O Rock in Rio carrega no DNA a alma carioca, é um festival que nasceu em 1985 e construiu uma relação muito íntima com o público, algo quase visceral.
Já o The Town é a cara de São Paulo. Ele nasce urbano, plural, mais conectado com tendências e com a velocidade da cidade. São Paulo é uma capital que pulsa 24 horas por dia, que respira arte, moda, gastronomia, diversidade, e o festival reflete tudo isso. Desde a cenografia, que foi toda inspirada na arquitetura paulistana, até os encontros musicais que promovemos, tudo foi pensado para dialogar com a energia de São Paulo.
Depois de tantas edições icônicas, ainda existe alguma atração que é um “sonho pessoal” seu, que ainda não conseguiu trazer, mas que você segue tentando?
Todo ano, quando começamos a desenhar a curadoria, surgem alguns sonhos, sim. Tem artistas que admiramos muito e imaginamos no palco entregando um show histórico. As pesquisas com o público são fundamentais para que a gente traga o artista que as pessoas querem ouvir e ver ao vivo. No final das contas, o público é o grande protagonista da festa e ver os fãs felizes e emocionados é o que nos move. Claro que seguimos sonhando — faz parte do processo — mas o mais importante é que, no fim, o público vá para casa ao fim dos shows com um sorriso enorme no rosto.
Para você, qual foi o momento mais inesquecível do The Town até hoje — aquele que te deu arrepio e que marcou sua trajetória como CEO do festival?
Foram muitos momentos marcantes na primeira edição, mas tem um que me arrepia só de lembrar: a primeira abertura de portões do The Town. Vivemos o projeto por tanto tempo, sonhando, planejando, ajustando cada detalhe… E aí, de repente, você vê as pessoas entrando, sorrindo, emocionadas, e entende que o sonho virou realidade. Foi muito simbólico para mim e toda a equipe que faz tudo acontecer. E claro, não tem como não lembrar do show de luzes na Cidade da Música. Parecia que São Paulo estava inteira ali vibrando com a gente. Foi mágico.
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Reportagem: Mateus Silomar | Papo Popcast Fotos: Divulgação / Rock World