Na noite do último sábado (27), Beyoncé encerrou sua aclamada turnê Cowboy Carter com um momento histórico e simbólico: a reunião ao vivo do Destiny’s Child, ao lado de Kelly Rowland e Michelle Williams. O trio subiu ao palco para uma performance inesquecível, levando o público à loucura com sucessos como “Bootylicious” e “Lose My Breath” — celebrando não só a força da música pop, mas também a importância cultural de um grupo que moldou a autoestima e a visão de mundo de milhões de jovens ao redor do planeta.

A apresentação contou com a presença de celebridades como Oprah Winfrey, Kris Jenner e Khloé Kardashian, mas o momento mais marcante foi, sem dúvida, o reencontro das três artistas. A última reunião havia acontecido em 2018, no icônico show de Beyoncé no Coachella, e agora, em pleno 2025, elas voltam a se apresentar juntas em um contexto que celebra ancestralidade, identidade e resistência.
Um símbolo de orgulho negro e poder feminino
Formado no final dos anos 1990, o Destiny’s Child não foi apenas um fenômeno musical. O grupo se tornou um símbolo de orgulho negro, sororidade e empoderamento feminino, especialmente para mulheres negras que raramente se viam representadas de forma positiva e protagonista na indústria do entretenimento.
Com letras que exaltavam a independência, a força interior e o amor-próprio, músicas como “Survivor”, “Independent Women” e “Girl” ofereceram um discurso poderoso em um tempo em que esse tipo de mensagem era escasso nas grandes mídias. Elas não apenas dominavam as paradas, mas ressignificavam o papel da mulher negra na cultura pop global, rompendo estereótipos e abrindo caminhos para futuras gerações de artistas.
Além da presença nos palcos, Beyoncé, Kelly e Michelle sempre fizeram questão de abordar temas como racismo, machismo, espiritualidade e autoestima, usando suas vozes como ferramentas de transformação. Elas provaram que é possível ocupar espaços com excelência sem abrir mão da identidade, da origem e da luta coletiva.
Legado que transcende a música
Mesmo após o fim oficial do grupo, o legado do Destiny’s Child continua vivo e pulsante. As integrantes trilharam carreiras sólidas e autênticas, mas a força do trio permanece como uma marca indelével na história da música. A reunião no encerramento da Cowboy Carter Tour não foi apenas uma performance nostálgica — foi um reencontro com o passado, um gesto de reverência ao presente e uma reafirmação de um legado que segue relevante.
Destiny’s Child é mais que um grupo musical: é uma afirmação cultural, um movimento de libertação e inspiração para mulheres negras em todo o mundo. Ver Beyoncé, Kelly e Michelle juntas novamente é lembrar que o pop também pode ser político, e que a arte, quando feita com verdade e propósito, transforma.