A cultura paraibana estará em evidência em mais um final de semana do projeto Viva Usina, que une tradição, diversidade e inovação em uma programação plural. A iniciativa oferece visibilidade para artistas locais, contribui para a formação de novos públicos e promove inclusão por meio da arte.
Sexta: Exposição e música autoral
A programação começa na sexta-feira (26) com a abertura da exposição Fios de Memória e Resistência: Um Diálogo Bordado, da artista Cleinha Correia. As obras unem bordados, folhas secas, impressão botânica e pedras em composições singulares, nascidas de um processo coletivo com mulheres entusiastas do bordado. A mostra é gratuita e transforma o ato de bordar em gesto de ancestralidade, resistência e afeto.
Ainda na sexta, às 20h, a Sala Vladimir Carvalho recebe o show Amador, de Yuri Gonzaga. Após mais de uma década à frente da banda Os Gonzagas, o músico explora novos caminhos, levando a sanfona ao encontro do rock, do samba e da MPB. No álbum Amador, Yuri mistura poesia, experimentação e identidade nordestina, reafirmando-se como uma das vozes autorais mais potentes da cena paraibana.
Sábado: Performance e tradição popular
O sábado abre espaço para a performance Escuto Centenas de Casos de Amor, do artista e pesquisador Elthon Fernandes, às 20h, no Palco Bonde. Inspirada na musicalidade do brega, a obra transforma a mesa de bar em um espaço cênico onde o público compartilha histórias de amor, em uma experiência interativa marcada pela figura do garçom-confidente, inspirada em Reginaldo Rossi.
Na sequência, às 22h, a tradição ocupa a Sala Vladimir Carvalho com o Cavalo Marinho Raiz Cultural do Mestre Zequinha. O grupo de Bayeux, atualmente conduzido por Mestre Nandinho, soma mais de 20 anos de atuação e mantém vivo o folguedo popular que mistura dança, canto e memória cultural.
Domingo: música, infância e imaginação
O domingo começa às 16h com o espetáculo Brincadeiras Musicais, de Tio Val & Cia, no Palco Bonde. A apresentação reúne músicas autorais, cantigas tradicionais e brincadeiras como “amarelinha” e “vivo ou morto”, transformando o show em uma grande roda de participação, movimento e afeto.
Em seguida, às 17h, a educadora e escritora Ludmila Nóbrega apresenta Era Uma Vez… Na Usina. No espetáculo infantil, as crianças criam coletivamente um conto de fadas dentro da Usina, misturando poesia, pintura e teatro, em uma experiência lúdica que convida o público a mergulhar na imaginação.
Cultura viva
O Viva Usina 2025 é realizado através da Lei de Incentivo à Cultura, com produção da Atua Comunicação Criativa, apoio do Instituto Energisa, patrocínio do Grupo Energisa e realização do Ministério da Cultura e Governo Federal – União e Reconstrução.