A cantora, compositora e multi-instrumentista Thathi, um dos grandes talentos da nova MPB/Pop baiana, apresenta “Rita Lee por Thathi”, um show especial que celebra a genialidade e o legado da eterna Rita Lee. Com sua interpretação marcante, Thathi revisita os sucessos que atravessaram gerações, trazendo ao palco a energia e a irreverência que fizeram de Rita um ícone da música brasileira.

O espetáculo é uma verdadeira viagem pela obra da artista, que revolucionou a MPB ao misturar rock, pop, blues, bossa nova e Tropicália. No repertório, clássicos inesquecíveis como “Ovelha Negra”, “Agora Só Falta Você”, “Saúde”, “Caso Sério”, “Esse Tal de Rock’n Roll”, “Mania de Você”, entre muitos outros.

O Papo Pop bateu um papo exclusivo com a artista e descobriu todas as novidades desse espetáculo incrível. Bora conferir?
1. O que te motivou a criar esse show em homenagem à Rita Lee?
Rita sempre foi uma grande referência musical e artística para mim. Além de ser uma cantora e compositora incrível, era também uma mulher transgressora, que rompeu barreiras e revolucionou a música brasileira. Esse show é minha forma de celebrar sua obra imortal e de manter viva essa energia tão singular que ela trouxe para a música.
2. Como foi o processo de selecionar o repertório entre tantos sucessos da Rita?
Foi um desafio enorme, porque são muitos clássicos e cada um tem um significado especial. Tentei fazer uma escolha que juntasse seus grandes sucessos com algumas músicas que têm uma conexão mais forte comigo. Também pensei no público, nas canções que despertam aquela sensação gostosa e fazem todo mundo cantar junto. No final, o repertório acabou refletindo essa mistura que sou de rock, pop e MPB, com a irreverência, força e emoção que definem a Rita.
3. Qual dessas músicas você sente que tem uma conexão mais especial ao interpretar no palco?
Quando canto, sinto que estou me conectando não só com a Rita, mas com o público de uma forma muito íntima. “Ovelha Negra” é um hino da liberdade e da autenticidade, algo que sempre me inspirou. Ah, eu sempre me senti a Ovelha Negra da família! (Risos). Desde pequena, já era diferente, totalmente conectada à música, mais questionadora, me sentia presa numa gaiola, queria voar… Enquanto todo mundo seguia um caminho mais tradicional, eu queria estar com a guitarra na mão, cantando, escrevendo canções, vivendo de arte. Mas, no fim, acho que ser essa ‘ovelha negra’ foi o que me fez ser quem eu sou.
4. Você já teve a oportunidade de conhecer Rita Lee pessoalmente? Se sim, como foi esse encontro?
Infelizmente, não tive esse privilégio. Mas ela sempre foi uma presença muito forte na minha vida através da música e da sua personalidade tão marcante. E de certa forma, acho que todo mundo que cresceu ouvindo Rita, sente que a conhece um pouco.
5. Como foi cantar Rita Lee no Brazilian Festival, na Flórida? O público internacional recebe a obra dela de forma diferente?
Foi uma experiência incrível! Além da recepção super calorosa dos americanos, o público brasileiro que mora fora tem uma saudade enorme da nossa música, então, cantar Rita lá foi muito especial. E os estrangeiros também se conectam com a obra dela, porque Rita tinha uma sonoridade universal, que mistura rock, pop e elementos brasileiros de um jeito muito único. A energia foi maravilhosa, singular!
6. E a participação na homenagem feita por Beto Lee na Concha Acústica? Como foi essa experiência para você?
Foi emocionante demais. Ser escolhida entre os artistas baianos para estar no palco ao lado do Beto, cantando as músicas da Rita, foi uma honra. Ele trouxe essa homenagem de um jeito muito bonito e respeitoso e sentir a energia do público ali na Concha, que é um lugar tão mágico, foi inesquecível. Foi uma noite de celebração e de muito amor pela Rita.
7. Você traz sua própria identidade para as músicas da Rita no show? Como equilibra a fidelidade à obra dela com seu estilo pessoal?
Com certeza! Eu respeito muito a obra da Rita, então faço questão de manter a essência das músicas, mas ao mesmo tempo coloco um pouco do meu jeito de interpretar e da minha musicalidade. É um equilíbrio entre homenagem e autenticidade. Acho que esse é o espírito da Rita também—ela sempre reinventava as coisas sem perder sua essência.
8. O show já passou por várias cidades. Como tem sido a recepção do público? Algum momento marcante até agora?
A recepção tem sido linda! O público se emociona, canta junto, dança… É um show que desperta muitas memórias afetivas. Um momento muito marcante foi quando uma fã me disse que foi ao show com a mãe e que aquilo fez elas se reconectarem porque sempre ouviram Rita juntas. Outro foi em São Paulo, o palco do Centro Cultural São Paulo (CCSP) é tipo arena e eu fiquei muito perto do público, via os olhinhos brilhando, todo mundo estava em êxtase, as pessoas não queriam me deixar acabar o show, tudo isso me tocou profundamente.
9. Rita misturava muitos gêneros musicais em sua obra. Isso dialoga com sua trajetória na música?
Totalmente! Sempre transitei entre diferentes estilos musicais, rock, pop, MPB, como ela dizia, meio bossa nova e rock in roll. Rita era uma camaleoa e isso sempre me inspirou. Ela mostrava que a música não precisa ter barreiras, que a gente pode experimentar e se reinventar sem medo.
10. Se pudesse escolher uma música da Rita Lee para definir esse momento da sua carreira, qual seria e por quê?
Amo o álbum “Atrás do Porto Tem Uma Cidade”. Um álbum que fala sobre olhar além, buscar novos horizontes. Sinto que estou vivendo um momento de expansão na minha carreira, explorando novas possibilidades e levando minha música para cada vez mais pessoas. É sobre seguir em frente com coragem e curiosidade, algo que Rita sempre fez.
Serviço:
Rita Lee por Thathi
Dia: 09 de maio
Onde: Recanto do Picuí Intermares
Rua Golfo de Sidra, 72 – Intermares.
Abertura da casa: 19h
Show: 21h
Informações: 83 98616-5005