Parahyba Indígena celebra diversidade e ancestralidade no Ateliê Elioenai Gomes com Luana Flores, roda de conversa e exposição

Prepare-se para uma noite de escuta, troca e conexão com as raízes mais profundas da nossa história.

No próximo dia 25 de abril, o Ponto de Cultura Ateliê Multicultural Elioenai Gomes vai pulsar ao som dos tambores da ancestralidade e da resistência indígena. É dia de celebrar o Parahyba Indígena, evento que chega com uma proposta potente: fortalecer a identidade dos povos originários e colocar em pauta a riqueza cultural que resiste — e floresce — no Brasil profundo.

Topázio Aramuru Kariri / Crédito: Divulgação

Com entrada gratuita, a programação começa às 19h e mistura arte, música e diálogo, numa noite dedicada à memória, à escuta e à celebração. A exposição que abre os trabalhos apresenta artefatos do povo Kariri-Xocó, habitantes tradicionais do sertão nordestino. É um convite a mergulhar na história viva de um povo que resiste no tempo e no território.

Logo em seguida, a roda de conversa “Que Indígena Você É” reúne três vozes fundamentais no debate sobre identidade indígena em contextos urbanos. O educador e artista Topázio Aramurú Karirí traz sua visão sobre coletividade e bem viver. Josélia Potiguara, cacica e defensora de causas sociais e ambientais, compartilha sua experiência à frente da Associação Cultural de Indígenas em Contexto Urbano da Paraíba. Já Agüa Yayu Kariri, artivista trans não binárie, provoca reflexões sobre gênero, espiritualidade e ancestralidade como ato político e de cura.

E se a palavra tem poder, a música tem ainda mais. Quem comanda o palco é a cantora e atriz Mallu Morena, que apresenta canções de seu novo EP Encantos da Jurema, um mergulho sonoro na força espiritual da tradição brasileira.

O grande destaque da noite fica por conta de Luana Flores e seus convidados. A artista paraibana, conhecida por misturar ritmos populares com beats eletrônicos no projeto Nordeste Futurista, promete um show vibrante, onde tradição e inovação dançam lado a lado. É raiz com remix, é festa com manifesto.

Para fechar, o Grupo Raízes sobe ao palco com um espetáculo de pura energia, reunindo dança, capoeira e os sons afro-indígenas que contam a história do Brasil através do corpo e do tambor. No repertório, ritmos como coco, ciranda, maculelê e samba de roda garantem um encerramento contagiante — e carregado de sentido.

O multiartista Elioenai Gomes, idealizador do espaço, resume o espírito do evento: “Ao valorizar e respeitar a nossa identidade indígena, nós preservamos um legado cultural inestimável e também fortalecemos a luta por direitos, justiça social e a proteção do meio ambiente.”

Serviço:

Parahyba Indígena

Quando: 25 de abril (quinta-feira)

Horário: A partir das 19h

Onde: Ponto de Cultura Ateliê Multicultural Elioenai Gomes

Entrada: Gratuita