Quem viveu os anos 2000 provavelmente tem na memória alguma lembrança marcante com o RBD. O grupo mexicano que nasceu da novela Rebelde se transformou em um fenômeno mundial, atravessando idiomas, fronteiras e corações adolescentes — inclusive os brasileiros, que até hoje mantêm viva essa chama. E é exatamente dessa paixão que nasceu o Tributo ao RBD do Brasil, um projeto musical que vem emocionando plateias pelo país com um show cheio de nostalgia, talento e entrega.

O Papo Pop conversou com os integrantes do tributo para entender como tudo começou, como é representar um dos grupos mais icônicos da música latina e quais são os próximos passos desse fenômeno nacional.

Do fã para o palco

A ideia de montar o tributo surgiu, como era de se esperar, do amor de fã.

“Sempre sonhamos em viver de perto a magia de um show do RBD. Quando percebemos que poderíamos proporcionar isso para outras pessoas, entendemos que era mais do que possível — era necessário”, contam.

O projeto nasceu de forma orgânica: cada integrante já fazia covers em sua cidade, e foi a internet que uniu esses caminhos. Hoje, o grupo é formado por artistas que, além de intérpretes, são amigos e compartilham o mesmo sonho.

Identidade e emoção em cada detalhe

Mais do que uma reprodução fiel dos shows do RBD, o espetáculo traz a essência do grupo original — com toques criativos e muito cuidado nos detalhes. Figurinos, vocais, coreografias e até os mapas de palco são pensados com rigor.

“Temos acompanhamento vocal, ensaios à distância e, quando nos encontramos na cidade do show, alinhamos tudo nos mínimos detalhes. É uma loucura que vira mágica quando subimos ao palco”, explicam.

Cada um representa um dos integrantes originais, e isso não foi imposto — foi natural.

“A Jessy é fã da Anahí desde criança, o Dan sempre se identificou com o Christopher… e assim com todos. É lindo ver cada um se expressando através de quem sempre admirou.”

RBD como formação e inspiração

Para o grupo, o RBD foi mais do que uma banda. Foi uma parte essencial da adolescência de cada um, uma referência de identidade, liberdade e sonho.

“Eles nos ensinaram a acreditar na gente, a valorizar a amizade, a não ter medo de ser diferente. Criar esse tributo é, de certa forma, agradecer tudo isso. É dizer à criança que dançava na frente da TV: ‘você conseguiu’.”

Conexão real com o público

Os shows têm momentos emocionantes, e os relatos do público são prova disso.

“Teve uma menina que agradeceu à Jessy, dizendo que ela era o mais perto que conseguiria chegar da verdadeira Anahí. Foi um dos momentos mais tocantes que vivemos.”

A turnê já passou por várias regiões do país, incluindo o Nordeste — com destaque para a apresentação em Recife, que foi um sucesso.

“A energia do público nordestino é surreal. Já estamos planejando voltar!”

O futuro: entre nostalgia e novos sonhos

Por enquanto, o foco do grupo é seguir celebrando o legado do RBD com a turnê Soy Rebelde. Mas há planos para o futuro.

“Queremos sim lançar algo autoral, mas com calma, sem perder essa conexão que temos com o público e com o universo do RBD. O que vier, virá com verdade e propósito.”

E se o RBD visse tudo isso?

“Se pudéssemos nos apresentar para eles, a primeira coisa que diríamos seria um enorme ‘obrigado’. Por tudo. Pela arte, pela coragem, pelos sonhos que despertaram. Representá-los é uma honra que levamos no coração.”

Enquanto o RBD original vive um momento de pausa após a turnê Soy Rebelde, o tributo brasileiro mostra que o legado continua mais vivo do que nunca. Para quem já foi rebelde ou ainda carrega esse espírito no peito, o show é um convite para reviver emoções, cantar a plenos pulmões e, principalmente, lembrar que sonhos — quando regados com amor — podem, sim, se tornar realidade.

Confira a entrevista na íntegra:

Qual foi o momento mais emocionante que viveram em um show até agora? Alguma história que marcou vocês?

São muitos! Cada apresentação traz uma emoção única. Já vimos fãs chorando, nos dizendo que se sentiram realmente em um show do RBD.

Uma história que nos marcou foi a de uma menina que agradeceu à Jessica, que interpreta a Anahí, dizendo que aquela era a coisa mais próxima que conseguiria viver da verdadeira Anahí, já que não pôde ir à turnê Soy Rebelde. Esse tipo de carinho é o que nos mostra que estamos no caminho certo.

Vocês têm planos para lançar material autoral inspirado no RBD, ou a ideia é seguir como tributo?

A vontade de criar algo autoral existe, sim! Mas, por enquanto, nosso foco é continuar levando o universo RBD para cada vez mais pessoas, revivendo eras e despertando a nostalgia que nos move. O futuro está sendo construído com carinho — e seja qual for o caminho, queremos que ele continue sendo guiado por alegria, propósito e amor pelo que fazemos. Hoje, somos mais do que um grupo de tributo — somos uma família.

Quais as novidades que os fãs podem esperar para este ano? Algum projeto diferente vindo aí?

Muita coisa boa vem aí! Vamos continuar levando a Soy Rebelde Tour para novas cidades e estados. Também estamos preparando projetos especiais para o público online, com conteúdo exclusivo e muita interação. E já começamos a desenhar grandes desafios para 2026… vem coisa grande por aí!

Vocês já receberam propostas ou têm planos para levar o show para o Nordeste? Qual cidade gostariam muito de se apresentar?

Sim! Em abril tivemos a alegria de nos apresentar em Recife — foi incrível! Queremos muito voltar e expandir a turnê para mais cidades do Nordeste, sem dúvidas. É uma região que recebe a gente com muito carinho e energia!

Como tem sido a recepção do público em outras regiões do Brasil?

Maravilhosa! Cada cidade nos surpreende. Ver o público cantando, dançando, vibrando com a gente… é algo que palavras não conseguem descrever. A troca de energia é intensa e muito verdadeira.

Como vocês enxergam a responsabilidade de representar um grupo tão icônico para tantos fãs?

É uma enorme responsabilidade — e, ao mesmo tempo, uma honra. Sabemos o quanto o RBD marcou a vida de milhões de pessoas, então nosso compromisso é fazer tudo com o máximo respeito e amor. Representar esse legado vai muito além do palco: é manter viva uma história que tocou gerações. E ver os olhos dos fãs brilhando a cada show é o que nos impulsiona a continuar.

Existe algum ritual especial que fazem antes de subir ao palco?

Sim! Sempre fazemos uma roda, damos as mãos e falamos palavras que nos lembram por que começamos, por que seguimos e o quanto tudo isso significa pra gente. É um momento de conexão, onde recarregamos nossa energia juntos. Depois vem aquele abraço coletivo… e aí, partimos com o coração cheio para o palco!

Na opinião de vocês, há chances de o RBD retomar suas atividades com novos projetos? Como fãs, o que gostariam de ver nessa possível volta?

As opiniões entre nós se dividem — alguns acham possível, outros não tanto. Mas como fãs, claro que sonhamos! Seria incrível ver o álbum engavetado ser lançado, ouvir ao vivo músicas do Rebels que ficaram de fora da Soy Rebelde Tour… e quem sabe até o Poncho aparecendo de surpresa e dando um abraço no final? Seria épico!

Se pudessem escolher uma música inédita para o RBD lançar hoje, que estilo ou mensagem ela teria?

Um reggaeton seria maravilhoso! Mas também somos apaixonados pelas baladas românticas — elas tocam fundo na alma. No fim das contas, estamos tão carentes de RBD que qualquer coisa nova nos faria imensamente felizes!

Se tivessem a oportunidade de se apresentar na frente dos integrantes do RBD, o que diriam para eles?

A primeira palavra seria “obrigado”. Obrigado por tudo o que fizeram e representam. Ter a chance de homenageá-los é uma honra que levamos com muito respeito e emoção. Também faríamos questão de dizer o quanto os admiramos — não só pelo talento, mas por tudo o que eles entregaram de coração e que ainda vive dentro de nós e de tantos outros fãs pelo mundo.

Redes sociais:

Ronie que interpreta o Poncho @roniehd, Dangello que interpreta o Ucker @dangellor, Isabela que interpreta a Dulce @iam.bellcristina, Luã que interpreta o Christian @luancbr, Jéssica que interpreta a Anahi @jessyaportilla e Cauane que interpreta a Maite @cacahartstein