O The Town 2025 abriu suas portas neste sábado (6) em Interlagos com um público majoritariamente jovem, tomado pela euforia e pela expectativa de ver de perto seu grande ídolo da noite: Travis Scott, headliner do dia. Os “óculos do Travis” viraram uniforme da plateia, que não se intimidou com o frio, a garoa e as longas filas para retirar brindes e garantir comida.
Apesar da animação, o primeiro dia também foi marcado por momentos de tensão. O uso de sinalizadores, proibidos pela organização, levou a interrupções, incluindo a pausa no show de Don Toliver por questões de segurança. Em nota, o festival informou que conta com cerca de dois mil profissionais dedicados à segurança, além de drones e 95 câmeras espalhadas na Cidade da Música. Objetos proibidos foram apreendidos já na entrada e o uso de sinalizadores segue monitorado com rigor.
Estrutura elogiada
Se por um lado o público enfrentou filas, por outro a estrutura foi bastante elogiada, principalmente a organização dos banheiros — um ponto frequentemente criticado em grandes eventos.
Lauryn Hill: o ponto alto da noite
Quem transformou a noite em um espetáculo inesquecível foi Lauryn Hill, em sua quinta vinda ao Brasil. Acompanhada dos filhos YG Marley e Zion Marley, a artista entregou um show intenso e emocionante, que atravessou gerações com faixas de seu clássico The Miseducation of Lauryn Hill.
Enquanto boa parte do festival foi dominada por adolescentes, o público que se concentrou diante do palco The One para assistir Lauryn era majoritariamente adulto. Em um espetáculo completo do início ao fim, a cantora lavou a alma da plateia, mostrando por que é considerada uma das maiores lendas vivas da música mundial. Ainda assim, a presença do público foi menor do que o esperado para uma artista de sua magnitude, o que gerou debate entre fãs e críticos sobre a posição de destaque que lhe foi destinada na programação.
Outros destaques
O dia também contou com apresentações vibrantes de Burna Boy, Matuê, Karol Conká (que dividiu o palco com Ajuliacosta e Ebony), além da energia do trap brasileiro representada por nomes como Teto, Borges e Wiu. A madrugada ficou por conta de Victor Lou + GBR, encerrando a festa no The Tower.
Programação – Dia 1 (6 de setembro)
Palco Skyline
- 15h40 – The Flight
- 15h50 – Filipe Ret
- 18h10 – Burna Boy
- 20h30 – Don Toliver
- 23h15 – Travis Scott
Palco The One
- 14h40 – Karol Conká convida Ajuliacosta e Ebony
- 17h00 – MC Cabelinho
- 19h20 – Matuê
- 21h55 – Ms. Lauryn Hill convida YG Marley e Zion Marley
The Tower
- 01h05 – Victor Lou + GBR
Palco Quebrada
- 15h55 – Batalha da Aldeia – Superliga The Town
- 18h15 – Tasha & Tracie
- 20h35 – MC Hariel
Palco Factory
- 13h00 – Budah
- 14h45 – Borges
- 17h05 – Wiu
- 19h25 – Teto
São Paulo Square
- 14h00 – SP Square Big Band
- 17h10 – SP Square Big Band com Tony Gordon
- 19h30 – Joabe Reis
- 22h05 – Stacey Ryan
Novidades da edição
Entre as estreias, o The Flight surpreendeu com a apresentação da Esquadrilha Céu, que coloriu o céu de Interlagos com efeitos de pirotecnia diurna inéditos. Já o Palco Quebrada trouxe a autenticidade das periferias brasileiras, com a fase classificatória da Batalha da Aldeia – Superliga The Town e shows de MC Hariel e Tasha & Tracie.
Outro destaque foi a The Tower Experience, considerado o maior after do festival, que impressionou com performances tecnológicas e DJs como Victor Lou & GBR.
Os shows
O Palco Skyline recebeu algumas das apresentações mais aguardadas do dia. Travis Scott encerrou a noite em uma performance explosiva, com moshpits, efeitos visuais e muita energia. Antes dele, Don Toliver aqueceu a plateia com hits potentes, enquanto Burna Boy levou o afrobeats para o centro da Cidade da Música em um show contagiante. Filipe Ret abriu a programação com o peso do rap nacional e participação especial de Alee.
No Palco The One, o grande destaque foi Lauryn Hill, que emocionou o público ao lado dos filhos YG e Zion Marley, revisitando clássicos de The Miseducation of Lauryn Hill. O espaço ainda contou com o show de Matuê, que trouxe uma cenografia em formato de iceberg e convidados como WIU, Teto e Brandão, além de MC Cabelinho, que fez a plateia dançar com muito trap e funk. A abertura ficou por conta de Karol Conká, em um show potente com Ajuliacosta, Ebony e participação do filho.
O Palco Factory deu início à edição com o trap nacional, em apresentações de Teto, WIU, Borges e Budah. Já a São Paulo Square se transformou em um clube de jazz a céu aberto, com shows da The Square Big Band, Tony Gordon, Joabe Reis e a headliner Stacey Ryan.
Experiências exclusivas
Além dos shows, o público pôde aproveitar o The Town Club Lounge, espaço exclusivo para associados, com visão privilegiada para o palco The One, serviços especiais, restaurante e experiências personalizadas.
Público diverso e clima de celebração
Famílias, jovens e veteranos de festivais marcaram presença no primeiro dia. Muitos destacaram o frio ameno como aliado para curtir as atrações com mais conforto, além da emoção de vivenciar uma atmosfera única que vai muito além da música.
Com um início arrebatador, o The Town 2025 mostrou que chegou para consolidar seu lugar como um dos maiores festivais de música do país, unindo gerações e estilos em uma celebração inesquecível.
