Green Day comanda noite histórica no segundo dia do The Town

190 mil pessoas estiveram presentes pela Cidade da Música neste primeiro fim de semana, que fechou com uma programação marcada por momentos que entram para a história com as apresentações de lendas Bad Religion, Bruce Dickinson e Iggy Pop

O segundo dia do The Town foi pura atitude, energia e muito barulho bom. Neste domingo (7), 90 mil pessoas invadiram a Cidade da Música para celebrar o rock em todas as suas formas. Camisetas pretas, jaquetas de couro e a clássica vibe punk já anunciavam: a noite seria lendária.

 

E foi. No Palco Skyline, o Green Day transformou sua estreia no festival em um verdadeiro hino geracional. Billie Joe Armstrong não parou um segundo: interagiu com a plateia, se enrolou na bandeira do Brasil, fez o público acender as lanternas dos celulares e até lançou um balão em forma de dirigível escrito “Bad Year”. Cada música virou coro coletivo, daqueles que fazem a garganta doer, mas a alma sorrir.

 

O aquecimento já tinha sido de respeito: o Capital Inicial abriu os trabalhos com uma enxurrada de hits como Natasha e Primeiros Erros, mostrando porque é uma das bandas mais queridas do país. Logo depois, os pioneiros do punk californiano Bad Religion trouxeram seus clássicos como 21st Century e American Jesus, provando que, depois de mais de 40 anos de estrada, continuam afiando o som e as críticas sociais.

Na sequência, veio ele: Bruce Dickinson. O lendário vocalista mostrou a mesma força que o consagrou no Iron Maiden, soltando a voz com uma técnica absurda e surpreendendo ao cantar Flash of the Blade, música que não aparecia ao vivo há 41 anos. Foi um daqueles momentos que arrepiam qualquer fã de rock.

E se o Skyline foi explosivo, o Palco The One foi pura catarse. Iggy Pop, o padrinho do punk, voltou ao Brasil com 78 anos, mas a energia de sempre: pulando, se jogando no chão e levando a galera à loucura com The Passenger, Funtime e I Wanna Be Your Dog. Um show cru, intenso, visceral — do jeitinho que só Iggy sabe entregar.

O rock brasileiro também brilhou forte no The One. Pitty emocionou ao revisitar sucessos como Máscara e Na Sua Estante, que virou um momento de coro coletivo com a plateia cantando cada verso. O CPM 22 abriu as rodinhas punk ao som de Dias Atrás e Um Minuto para o Fim do Mundo, enquanto Supla & Inocentes incendiaram a abertura com personalidade e irreverência.

Nos outros palcos, Quebrada, Factory e São Paulo Square, a energia seguiu alta, provando que o rock estava no ar em cada canto da Cidade da Música.