Bixarte lança Feitiço e inaugura um novo ciclo de potência, território e reinvenção na música brasileira

Um rito de força, ancestralidade e liberdade que atravessa a Paraíba e ecoa para o mundo

A Paraíba sempre foi berço de símbolos intensos, de vozes que rompem silêncios e de artistas que não esperam autorização para existir. É dessa terra que desponta o novo capítulo de Bixarte, que lança o álbum Feitiço no dia 21 de novembro, na semana da Consciência Negra, reunindo Emicida, Vó Mera e Lucy Alves como forças ancestrais e contemporâneas nesse ritual sonoro.

No dia seguinte, 22 de novembro, a artista estreia o show Feitiço na Cidade da Imagem, no Conventinho, no Centro Histórico de João Pessoa, marcando a primeira apresentação ao vivo do projeto.

“Eu fiz Feitiço pensando no meu povo, nas minhas amigas, nas quebradas que me criaram e nos mundos que atravessei até aqui. É rap, é desejo, é tambor, é força. Eu quero que esse disco toque quem tá longe e abrace quem tá perto, mas que todo mundo saiba que a raiz é daqui, da Paraíba, lugar que me ensinou que arte é arma, cura e caminho. É sobre celebrar quem somos, mesmo num país que ainda insiste em apagar nossas histórias.”

São doze faixas que traduzem território, memória e linguagem. O rap é a espinha dorsal, mas se expande para além de qualquer fronteira. O disco atravessa trap, afrobeat, forró, reggaeton e cumbia, criando um mosaico sonoro que percorre o Brasil sem jamais perder o sotaque. É um reencontro íntimo, uma volta à essência depois de atravessar universos.

“Depois de Traviarcado eu precisei me reconectar com minha raiz, voltar pro rap para entender quem eu era antes de tudo. Eu quero que minha música mude vidas, que ela chegue como chegava nos meus. Por isso escolhi pessoas que mexem com a minha história”, afirma Bixarte.

O álbum inicia no pulsar do tambor. Não Foi Sorte, com Ayô Tupinambá, abre os caminhos em saudação aos Orixás. Em seguida, o disco se expande: Tentação traz a mistura dançante que vai do Jersey Club à cumbia; Exu, com Vó Mera e Emicida, afirma legado e continuidade; Máfia e Calma Filha têm produção do paraibano Mofo Records. Gasolina, com Monna Brutal, ascende o fogo da noite. Ibiza, parceria com Lucy Alves, mistura reggaeton e forró em uma faixa solar e cativante. Culpa mantém o ritmo dançante, enquanto Como Me Olhas, com Johnny Hooker, chega em formato de cumbia afetiva. Oceano é o suspiro. Me Vê recupera a poesia que levou Bixarte ao bicampeonato do Slam Estadual da Paraíba e conta com participações de A Fúria Negra e Mari Santana. Kaô Kabecilê encerra o disco pedindo justiça a Xangô, em um pop eletrônico de impacto.

Foto: Cley Tornado

Feitiço foi gravado e produzido por Bixarte ao lado do BBS LAB, com direção musical de Big Jesi e mixagem e masterização de Guirraiz. O resultado é um encontro entre ritmos, memórias e vivências que atravessam o país, mas permanecem enraizados na Paraíba, território que molda sua existência e sua arte.

Foto: Cley Tornado

Em dezembro, no tradicional Natal na Usina, Bixarte apresenta novamente o espetáculo em João Pessoa, com participações especiais, em uma costura entre batida, poesia, corpo e território. Feitiço inaugura um ciclo que promete marcar a música brasileira e honrar profundamente o lugar onde tudo começou.

SERVIÇO

Lançamento do álbum Feitiço

Data: 21 de novembro

Ouça em: https://orcd.co/bixarte-feitico

Estreia do show Feitiço

Data: 22 de novembro

Local: Cidade da Imagem – Conventinho, Centro Histórico de João Pessoa

Show – Natal na Usina

Data: 20 de dezembro

Horário: 19h

Entrada: 1 kg de alimento

Local: Usina Cultural Energisa – João Pessoa